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Trajano Vieira

Trajano Vieira, professor e tradutor

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Traduções Inéditas

A Torquato – Horácio

 

Dissipa a neve, a grama torna ao campo, as folhas

recobrem o arvoredo;

a terra altera a face, o rio se precipita 

no leito que deflui.

A Graça ensaia a dança audaz desnuda, as ninfas

e a dupla irmã ao lado.

Não creias que és eterno, adverte o ano e a hora 

que usurpa os belos dias.

O Zéfiro mitiga o gelo, a primavera

cede ao verão, que finda

assim que amadurece o outono porta-fruta,

e volta a neve estéril.

Aos danos celestiais reparam os luares

ágeis, mas nós descendo 

onde se encontram Ancus, Tulo e o magno Eneias,

somos poeira e sombra. 

Alguém dirá que o tempo do amanhã os deuses

somam aos dias de hoje? 

Do que terias dado ao caro amigo, ávidos

herdeiros se apropriam.

Sem vida, assim que Minos pronuncie a esplêndida

sentença sobre ti,

eloquência, nobreza, virtude, Torquato,

nada te reanima.

Do escuro ínfero Diana não resgata

Hipólito impoluto,

Teseu não rompe o ferro que aprisiona ao Lete

o fraterno Pirítoo.

 

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